quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os Deuses, a Música e o Chile

Ao clicar sobre as fotos elas abrirão em resolução máxima.

Nossa viagem começou ao conhecer duas interessantes e inteligentes meninas chilenas, Paula e sua amiga, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

No terminal de embarque e durante o vôo fomos sentindo a alegria e felicidade deste país ao receber delas todas as dicas do que visitar.

Silvia e eu assistimos, após a missa das 18h, no dia 13 de setembro na Igreja Matriz de Santa Cruz no Chile a apresentação do Conjunto Barroco Andino.

Com seus trajes típicos, flautas andinas e regido pelo maestro Raul Mellao H. o conjunto de 10 artistas (violoncelo, violão, viola, flautas doce, transversal e andina) apresentou um recital de músicas clássicas e folclóricas.

A Igreja lotada, com muitas crianças em silencio e em êxtase, parecia que flutuava no ritmo sublime dos deuses.

Programación - Primera Parte:
W. A. Mozart - ALLEGRO de Eine Kleine Nacht Musik.
J. S. Bach - AIR de la Suite Nº3 para cuerdas.
J. S. Bach - BADINERIE de la Suíte Nº2 para flauta y cuerdas.
J. S. Bach - ESURIENTES del Magnifcat, original para contralto.
G. F. Handel - ALLEGRO del Concerto Grosso Nº4 para orquestra de cuerdas.
J. S. Bach - WACHET AUF - Coral de la Cantata Nº140.
J. S. Bach - MINUETO COM TRIO de la Partida Nº1 para clavecin.
A. Dvorak - DANZA ESLAVA Nº10 para piano a 4 manos.

Segunda Parte:
Y SECA YA ESSE LLANTO - Música: Jaime Soto Leon - Texto: Federico Garcia Lorca.
DANZA DE LOS MIRLITOS - Tchaikovsky del Ballet Cascanueces.
QUÉ DIRÁ EL SANTO PADRE - Violeta Parra - Canción.
TESTAMENTO - Música: Jaime Soto Leon - Texto: Pablo Neruda.
DANZA COM MANDOLINAS - S. Prokoffiev del Ballet Romeo y Julieta.
NACISTE DE LOS LEÑADORES - Música: Sergio Ortega - Texto: Pablo Neruda.
LA TIERRA SE LLAMA JUAN - Música: Jaime Soto Leon - Texto: Pablo Neruda.
RETRATO - Música: Horacio Salinas - Texto: Patrício Manns.
MARCHA TURCA - W. A. Mozart de la Sonata en La mayor para pianoforte.

Nesta rápida passagem de uma semana pelo Chile (Santiago, Santa Cruz, Valparaiso, Vina Del Mar e Portillo) sentimos o clima de amor à pátria, de respeito e de reverência de todos e em todos os lugares.

Nas conversas de rua, com motoristas, garçons, estudantes vivenciamos a forte educação de um povo. O índice de alfabetismo é de 97%.

A educação foi sempre prioridade neste país. A República do Chile, em 18 de setembro de 2010, completará 200 anos.

Seu primeiro presidente foi Bernardo O’Hinggins e em todo este tempo só houve um rompimento com a democracia, a queda e morte trágica de Salvador Allende eleito em 1970. A ditadura do Regime Militar de Augusto Pinochet de 11 de setembro de 1973 a 11 de março de 1981 não se descuidou dos investimentos em educação.

A presidenta Michelle Bachelet, com muita harmonia e liberdade, conduz as eleições que ocorrerão este ano. No Chile a presidência é exercida por um único mandato de 4 anos.

Em setembro, mês das festas nacionais, se vê tremular as cores vermelha, azul e branca das bandeiras, cartazes e fitas que vestem a cidade.

As festas populares ocorrem em seus belos e bem cuidados parques.

Santiago, fundada em 1541, é uma cidade moderna, com arquitetura arrojada e um sistema de vias públicas rápidas, e transporte coletivo ágil e confortável.

O metrô nos conduz a todos os cantos da cidade em modernos vagões interligados.

Os museus de Arte Pré Colombiano e de Belas Artes, Mercado Central e seus pontos turísticos como Cerro Santa Lucia, Cerro San Cristóbal e o bairro Bela Vista frequentado pelos jovens são atrações imperdíveis e inesquecíveis.

Entretanto, a imagem que fica em nossas mentes é o da Cordilheira dos Andes que parece um anjo protetor a debruçar-se sobre esta bela cidade.

Valparaiso é o porto onde em 1536 se iniciou a colonização espanhola. Uma cidade, que hoje faz parte do patrimônio histórico da humanidade, onde o moderno se incorpora ao histórico.

Vina Del Mar, cidade turística, encanta pela paisagem e uma arquitetura inovadora de seus edifícios, onde o Hotel e Cassino Enjoy tem uma atração especial.

Portillo, um ninho na Cordilheira dos Andes, é um espetáculo no vai e vem dos teleféricos e seus esquiadores de todas as idades e habilidades. Uma experiência agradável, também, para não esquiadores. Chegar ao topo, através da estrada que vai escalando as Cordilheiras, é fantástico.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Estar Preparado

Aprendi cedo com meu pai que o mais importante na vida é estar preparado. O exemplo clássico que me deu, certa vez, foi o de eu estar no banco de reservas de um time de futebol. E quando o titular se contundisse, viria a ordem do técnico:

-- Vamos lá! Chegou sua hora.

Quando a oportunidade chega, estar despreparado significa jogar mal, tomar vaias e perder a chance.

A experiência de vida foi me mostrando que as pessoas de ‘sucesso sustentado’ estão em evolução contínua.

Ter oportunidades não é o mais importante. Afinal, pode ser um esforço inútil quando não estamos preparados para aproveitá-las.

E quando você está preparado as oportunidades aparecem e caem como encanto.

São indivíduos que se profissionalizam através de um treinamento permanente. Estão em evolução e inovação constante e conhecem bem o que fazem. Tem um bom plano de carreira. E a lição de casa está sempre em dia

Aqui os convido, meus amigos e minhas amigas, para uma reflexão.

Estou preparado em que?
Tenho que desenvolver bem o que?
Como me preparar?

Vamos fazer um pequeno exercício que por raciocínio análogo pode ser aplicado a outras situações.

Estamos preparados para atuar como um bom cidadão?

O ponto inicial é ter “consciência do estágio atual” de cada um de nós e fugir da generalização “sim, todos estão”.

Vamos responder as perguntas que se seguem?

Estamos, no nosso dia a dia, atuando dentro da legislação em toda a sua plenitude?
Estamos entendendo e compreendendo usos, costumes e hábitos do local onde moramos?
Estamos respeitando a diversidade de pontos de vistas e opiniões e interagindo com todos, sem discriminação?
Estamos tendo atitudes pró-ativas em que ao apresentar problemas oferecemos alternativas de soluções?
Estamos aprendendo com nossos erros e sabendo ouvir os feedbacks que recebemos?
Estamos realizando os prejuízos e lucros de nossas ações?
Estamos sendo honestos e transparentes em nossas atitudes, ações e intenções?
Estamos vivendo os valores morais e éticos que pregamos e desejamos nos demais?
Estamos felizes, realizados e confiantes com nossa maneira de ser?
Estamos irradiando equilíbrio, boa vontade, entusiasmo as pessoas que nos cercam?

À medida que cada um de nós responder as perguntas vai se dar conta do atual estágio em que se encontra.

Quando surgir a oportunidade de entrar em campo e ser avaliado pela torcida, cada um de nós vai depender da “sorte” de estar preparado ou não.

Ter um plano de preparação e treinamento para ser um bom cidadão é tão importante quanto a ter um plano de carreira profissional, pois um dá sustentabilidade ao outro.

Haverá um bom profissional se houver um bom cidadão.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Competição. Um bem? Um mal?

Uma das razões da evolução do mundo é a competição.

A competição gera as condições de se criar indicadores reais de mensuração da evolução.

A competição gera novas metas, novos paradigmas, novos benchmarkings, novos modelos, novas arquiteturas, novas estratégias.

A história mostra que onde há competição há progresso, evolução, vida, aprendizado e trocas.

A ausência de competição leva a estagnação, a uma desatenção, a uma falsa estabilidade e claro, ao atraso, ao retrocesso, ao egoísmo, a imposição.

Entretanto, quando se fala em competição muitas pessoas reagem como se fosse um mal.

Pode haver, em meu ponto de vista, duas razões para isto: o medo ou a ignorância.

Vamos falar primeiro da ignorância.

A maioria das pessoas não conhece o significado da palavra e a origem da competição.

Competir vem do grego e significa “Estar juntos” “Andar juntos”.

A competição surgiu nas Olimpíadas, na Grécia Antiga.

Quando 8 pessoas vão competir em uma corrida de 100 metros rasos elas vão estar juntas, sair juntas.

Quando 20 equipes disputam o Campeonato Brasileiro de Futebol eles vão estar juntos, sair juntos e todos em mesma igualdade de condições e regras.

Quando 90.000 pessoas resolvem disputar a Maratona de New York, vão estar também, juntas. E ai se o Marílson dos Santos foi o campeão significa que era o mais bem preparado nas duas vitórias consagradoras e assim o fez no menor tempo. Dois momentos eternos em 05/11/2006 e 02/11/2008.
Ele passa a ser um paradigma e estímulo para todos os outros.

O que precisa ficar claro a todos nós é que em uma competição você disputa com você mesmo. Seu excesso de peso, sua falta de treinamento, seu despreparo.

O outro não é e nunca será seu adversário. Seu adversário sempre será você mesmo.

Quanto melhor for o nível da competição, maior será o nível que tenho que me enquadrar para permanecer na competição.

A competição realça as qualidades e o preparo do competidor, a competição engrandece e enobrece os competidores.

Na verdadeira competição, quando ela termina as pessoas e empresas harmonizam e vão fazer suas reflexões para a próxima etapa.

As pessoas ou empresas que reagem à competição por medo, geralmente são as que não querem perder a sua posição de poder. Conhecem suas franquezas e se fecham ao novo, a disputa e a se expor.

As empresas que defendem proteção do mercado estão nessa fase.

O Brasil ainda é um dos mercados mais fechados do mundo e foi muito mais em passado recente, o que nos deixou no atraso e sem competitividade.

Ter o outro competidor como adversário que deve ser combatido ou derrotado a qualquer preço não é apenas uma mentalidade primaria e atrasada, mas principalmente uma demonstração de fraqueza.

Este competidor não tem consciência que sua fraqueza está em seu despreparo.

O comportamento destas empresas é impor e atuar muitas vezes de maneira desonesta. O tempo desbanca esta estratégia suicida.

A empresa monopolista e hegemônica no seu mercado, ou a empresa estatal sem concorrência e regras de mercado são ambientes propícios para a burocracia, cabides de emprego, propinas, atraso e desrespeito ao cliente.

Nosso passado de empresas sem concorrência e estatais é recente e com certeza nossa memória fresca para este estado de ineficiência e ineficácia.

Há, entretanto, interesses escusos defendo a volta a este triste passado de estatização e fechamento de mercado.

Quem tem medo da competição?

Fica aqui um desafio meu amigo, minha amiga, para que você reflita e se avalie.

Você tem medo da competição?
Para você a competição é um bem ou um mal?
A empresa em que você atua, tem medo?
Na sua atividade profissional quem é seu competidor e quem é seu adversário?

Aguardo seus comentários no blog.